Roubaste um trago de meu fumo
E disse que a vida sobrevivia num instante
E que a nossa passava distante daquelas
Posou então o corpo no vento
À debruçar no parapeito do tempo
Fez-se por interromper as horas
Por vários instantes inertes
De abraços que viviam com uma força concreta de existência
Na beira da saia que rodaste em noites inteiras
Bebemos de vinhos raros
De afinadas colheitas e tin-tins que soavam em nossas bocas
Boca sedenta de lábios fortes
Que pede
Que agora
Cala por não mais poder dizer
Apenas grunhir como felinos que se amam
Sinto aqui um amadurecimento da sua escrita e nova fase de blog.
ResponderExcluirCom o tempo, ficamos melhores.
Parabéns!
Sem a evolução fica sem graça.
ResponderExcluirBeijos, inté...
Zumbido é poesia
ResponderExcluirTesão tensa
In-tensa zoeira
Silenciosa e barulhenta
Que entra, penetra e come
Entranhas
Zum-zumbiando poemas
Na loucura vã do poeta
Ah! Essa vã poesia
Plena de paixão e poeira
Sem eira
Nem beira
Na loucura sã do poeta
Ah! Tristes loucos poetas que somos nós
Sós, sós
Sóis, luas?
Tristes figuras
Cavaleiros andantes
Quixotes quixotescamente
Destemidos
Midas transformadores
Dourados vilões
Zum-zumbizando vísceras
Desvelando dores
Desencantando sorrisos
Só
Só isso!
Parabéns pela corajosa poesia do blog.
Grande abraço.
Amauri Solon
Obrigado, Amauri!
ExcluirBelos versos, parabéns!