quarta-feira, 22 de junho de 2011

Zumbido


Um zumbido que desaparece o sono
Rouba a noite
E perturba meu corpo

Começa longínquo
Vem dando rasantes
E acaba bem na borda de minha ouvidora
Perturbando-me o juízo

Foda! Mosquito, foda!
Atravessa a porta
Não se importa
E se entorta
Para em meu ouvido berrar

E como vampiro da noite
Suga meu sangue até a última gota
E tonteia com o líquido ingerido
A cachaça

Pobre mosquito
Que agora vai zumbir bêbado pela noite

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